quinta-feira, 21 de abril de 2011

Olho Gordo (:


Segundo São Tomás de Aquino, a inveja, um dos sete pecados capitais, é "... uma tristeza pela glória do outro, considerada como certo mal, segue-se que, movido pela inveja, tende a fazer coisas contra a ordem moral para atingir o próximo”. Foi por inveja do amor e das bênçãos de Deus reservadas a Abel que, Caim, seu próprio irmão, tirou-lhe a vida. Não podia conviver com o sucesso de seu irmão perante Deus, e como era um incompetente, não conseguia agradar, preferiu tirar a vida do irmão. Às vezes eu me pergunto por que algumas pessoas sentem tanta inveja que chegam a prejudicar o invejado de qualquer forma. O invejoso odeia o invejado, odeia suas conquistas, seu sucesso, odeia por tudo o ele próprio não consegue ter ou ser. Esse ódio geralmente não é declarado. Ninguém é bobo de confessar que sente inveja de outra pessoa. Se o faz, faz em tom de brincadeira, pra não ser considerado fracassado, frustrado. Então, a inveja pode vir encoberta por um elogio, disfarçada pelas manifestações de felicidade e de satisfação do “amigo”.

A inveja também não deixa de ser uma forma de admiração. Mesmo que seja uma admiração doentia, que produz atos negativos. O que fazer quando percebemos que nós é que estamos no papel do invejoso? Perceber e admitir para si a própria inveja já é um grande passo para tirar saldo positivo de algo considerado tão pouco nobre. Se esforçar pra ser melhor, não do que o seu “alvo”, mas para superar a si mesmo e usando a comparação com o outro apenas como referência para seu crescimento pessoal.

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