segunda-feira, 25 de abril de 2011

Realidade ;)


Existem pessoas que escutam "enfiar o dedo na tomada dá choque" e ficam com medo de acender até uma lâmpada. Há pessoas que desafiam e aprendem levando choque. E tem também um terceiro grupo que não acredita em tudo que lhe dizem, mas observa atentamente o comportamento de quem nunca levou um choque, o de quem vive levando choques, e ainda resolve ler sobre o tema e entender melhor a eletricidade. Com relacionamentos também é assim. Você não precisa ter namorado quinhentas pessoas para entender os sentimentos de quinhentos namoros. Até porque são milhares de tipos de pessoas, enquanto amores são só duas possibilidades: os que vão dar certo e os que não vão dar certo.

Então, observando muitos relacionamentos, avisos, choques, e estudando sentimentos, eu posso afirmar sem medo da ignorância:

o que leva tempo, geralmente, o tempo não leva; "eu te amo" não é "bom dia", mas alguns vão repeti-lo como meras palavras; o que é desconhecido não pode ser amado; o que é imediato dificilmente é sincero, pode até ser intenso, nunca profundo; o que vem rápido costuma ir embora da mesma forma que chegou; leviandade não vira sentimentalidade; excitação não é amor; paixão não é amor; sem tesão e sem paixão é só amizade; sem amizade, quando o tesão e a paixão passarem, vai passar também o que se achava amor; o que não é construído sobre bases sólidas não dura e nem se atura; beleza não põe mesa; não é necessário comer o bolo inteiro para saber se ele é bom (entenda como puder); caráter não é genético; quem ama demais é capaz de odiar demais; quando se está com alguém somente para exibir aos outros a decepção chega ao perceber que, na verdade, ninguém se importa com a sua vida; fingir que nada aconteceu não resolve; demora um pouco, mas pessoas bacanas também encontram a reciprocidade; quando você ama alguém que precisa mudar para merecer ser amado é preciso que você mude de amor; quem dá sem receber, um dia cansa; traição nunca termina bem; quanto mais carência, menor o grau de exigência e maior o grau de ilusão; se o seu número de amores é maior que o número da sua idade, provavelmente você mente, na idade ou no amor; amar sem ser amado dói, mas passa, e, no fim, você cresce; só sofrendo a gente aprende a dar valor; nem todo mundo que sofre evita que outros sofram; e, finalmente, o que parece óbvio, entretanto, há quem não perceba: quem não acredita que o amor pode durar, não se esforçará para que ele permaneça, e, conseqüentemente, pode ter vários amores, sem ter tido nenhum.

São algumas coisas que vejo e sinto mesmo sem querer. São aqueles conselhos que todo mundo dá e todo mundo não ouve. Mas, eu insisto, não enfie o dedo na tomada, você vai se machucar! No fundo, todo mundo sabe o que fazer só que cada um escolhe seu modo de confirmar.

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